DIA DO IDOSO

UMA DATA QUE PASSA EM BRANCO NA
CABEÇA DE QUEM TEM MENOS DE 65 ANOS

SAULO ROCHA - PB

Quem esquece de lembrar o dia 27 de setembro como o "Dia do Idoso" vive a plenitude da mocidade. São pessoas que estão gozando a vida como se ela fosse acabar amanhã.

A vovó e o vovô, diz a maioria, "já tiveram o seu tempo". E ambos acabam esquecidos num canto qualquer da casa ou de um asilo distante.

No entanto, ninguém esquece dos "velhinhos" quando eles recebem suas aposentadorias no final do mês. Sempre sobra algum para os netinhos queridos.

Sem uma legislação específica que garanta seus direitos, nossos idosos ainda carregam o estigma de "peso morto" da sociedade.

O passado deles não interessa. A própria nação se encarrega de fazer mais peso em cima de quem julga "morto", com impostos absurdos em cima de salários e poupança.

E os idosos vão vivendo aos trancos e barrancos, sem perder a serenidade e o bom ânimo, próprios de sua maturidade espiritual equilibrada diante das provações planetárias.

Vá em um asilo de velhinhos e pergunte aos internos quantos parentes (filhos, sobrinhos, netos) apareceram por lá nesses últimos 60 dias. Nenhum.

Hoje, pelo menos, deveriam fazer uma visita aos seus entes queridos. Um dia especial que estimula qualquer alma tocada pela solidariedade e pelo amor incondicional.

Estou chegando lá. Espero ser tratado com respeito e dignidade. Nunca como um "peso morto" para minha família e sociedade.