sábado, 1 de maio de 2010

ARTIGO

DAR E RECEBER SEM EXPLORAR A BOA VONTADE ALHEIA

KIKO SOUZA MUNIZ - PB
Especial para o Blog da ANESPB

Dar e receber são verbos conjugados com bom senso entre as pessoas de boa vontade. Essa conjugação começou com Jesus e foi exemplarmente vivenciada por Francisco de Assis, em tempos que a poderosa Igreja Católica reinava quase absoluta sobre povos e nações.

É dando que se recebe. Não importa o que você dê. Você receberá na mesma proporção. Essa é uma das regras elementares da lei de Ação e Reação, que se manifesta em nosso mundo quando extrapolamos o nosso livre proceder e abusamos dos nossos direitos.

Na sociedade moderna que vivemos, receber tem sido mais conjugado que dar. É o exemplo que não deve ser ensinado a ninguém. Estimula o egoísmo doentio de quem não sabe dividir sequer um pão com quem passa fome.

E quase sempre esse "receber" traz a marca do oportunismo e da esperteza de quem sabe explorar o outro dissimuladamente. Tem muita gente assim convivendo do nosso lado ou à distância. É uma prática velada entre os pseudo-espíritas e tantos outros religiosos de má fé.

Digo isso com a certeza de quem também já foi "manipulado" em nome da caridade. Aconteceu comigo e naturalmente acontece com outros jovens inexperientes, que conhecem o Espiritismo levados pelo entusiasmo de abraçar "a causa maior".

É preciso prestar atenção nos discursos evangelizadores e doutrinadores dos dirigentes de Casas Espíritas. Muitos querem ser servidos. Outros seguidos. A maioria gosta de aparecer nos eventos para reconhecimento público e aplausos.

Condutas e comportamentos que em nada condizem com os ensinamentos de Jesus e as orientações de Allan Kardec. Descobri isso quando afastei-me de Casas Espíritas e passei a estudar as obras básicas e complementares de autores confiáveis sem a "obrigatoriedade" do estudo sistematizado.

Aprendi a conjugar os verbos dar e receber com a mesma naturalidade que pratico algum gesto de gentileza, educação ou caridade, onde quer que esteja. Sem o pieguismo evangélico dos jovens que conheci no tempo de "mocidade espírita".

Um dia seremos anjos...

QUEM É O ARTICULISTA - Francisco de Souza Muniz é espírita e colabora com a ANESPB e PENSADOR há pouco menos de cinco anos.

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