segunda-feira, 18 de maio de 2009

FALANDO SÉRIO


A ABRADE NÃO PODE PERDER TEMPO
COM
DISCUSSÕES ESTÉREIS E QUE
NÃO SE
CORRELACIONAM COM
OS TRÊS
CRIVOS DA ÉTICA

SOCRATEANA


CARLOS ANTONIO DE BARROS
João Pessoa - PB

Todo espírita que atenta para os ensinamentos sensatos oferecidos por Allan Kardec, sabe que qualquer assunto que não traga em sua essência os crivos socrateanos da bondade, da utilidade e da verdade não deve ser levado em consideração em hipótese alguma.

Discutir assuntos que não sejam bons, úteis e verdadeiros, pode transformar homens de conhecimentos e que apresentam verniz aparente de sabedoria em meros instrumentos da mediocridade e da tolice.

Calar e meditar, quase sempre, é bom conselheiro quando o momento se apresenta agitado pela balbúrdia da polêmica com visível propósito de desestabilizar a vida dos outros.

O que disseram Renato Dantas Magalhães (FEAK), Edson Nunes, Marcos Paterra, Marcelo Firmino (ADE/PB) e Saara Nousiainen (ADE/CE), a respeito da "rejeição" da ABRADE em aceitar e divulgar mensagens e imagens sem nenhuma conotação com sua ideologia política e doutrinária, merecem postagem e, porque não, análise contextual resumida de cada declaração.

Renato Magalhães (respondendo a Marcelo Henrique, assessor administrativo da ABRADE): "Concordo com suas ponderações esclarecedoras. Todavia, não visto a carapuça pois não apresentei minha homenagem às mães abradeanas como sendo de conteúdo espírita. E, sim, uma mensagem de profundo respeito a mãe de Jesus, a mais pura de todas as mães! Ou você lhe nega esse atributo?"

O psicólogo Renato Magalhães cometeu um equívoco (não se sabe intencional ou não) quando enviou uma mensagem católica musicada para a Lista Virtual da Abrade, agora sem o conteúdo ecumênico religioso que era a essência da Lista anterior. Marcelo Henrique fez o devido esclarecimento sem julgamento pessoal a quem quer que fosse o autor da "brincadeira". Magalhães não precisava lembrar a carapuça...

Edson Nunes (não sabe de nada): "Esse clima de "ditadura doutrinária" entra em choque com os posicionamentos da maioria dos espírita no Brasil e no mundo. Espero que não esteja sendo implantado na ABRADE, pelo fato de comporem a sua Diretoria membros da CEPA".

Não sei quem é Edson Nunes, assim como ele também não conhece a nova ABRADE que o presidente anterior (Marcelo Firmino) deixou "sucateada" sob todos os aspectos enquanto a administrou como se fosse seu "brinquedo de estimação". Na nova ABRADE não existe esse "clima de ditadura doutrinária", impingido por membros do seu Colegiado Executivo, que o Nunes acredita sejam também da Confederação Espírita PanAmericana. Parece uma postura política discriminatória dele quando discorda que a ABRADE tenha em suas fileiras alguns companheiros cepianos. O que ele sabe da CEPA? Espero que o Nunes não seja mais um "papagaio de pirata" ou "advogado do diabo", falando intempestivamente em nome da verdade de alguém.

Marcos Paterra (confuso e contraditório): "A música, a meu ver, é sim um tanto "religiosa". E como toda música é um veículo de comunicação onde pode induzir ao canto e impor, nas entrelinhas, os interesses do autor. Tudo o que se ensina sobre dogmas, sobre não haver "divindades" no Espiritismo, se quebra porque existe espíritas que gostam e divulgam que Maria de Nazaré é "divina".

Não conheço também Paterra. Sei apenas que andou fazendo comentário em nosso Blog defendendo os "evangelizadores" que foram afastados da Federação Espírita Paraibana por desobediência doutrinária. No episódio da música, pareceu-me confuso e contraditório. Uma hora diz que Marcelo Firmino tem razão. Noutra, defende as considerações do Marcelo Henrique, assessor administrativo da ABRADE. Uma postura bem própria dos espíritas que gostam de agradar "gregos e troianos" ou acabam fazendo do silêncio um prece para não ser visto e apontado como um "irmãozinho perturbado".

Saara Nousiainen (espírita religiosa e esotérica): "No universo de pessoas que se interessam pelo Espiritismo há os tipos psicológicos (cabeça), mais focados nas questões filosóficas e científicas, e há os tipos pricológicos (coração), que sentem o Espiritismo e o incorporam na alma, nos sentimentos".

Quem não conhece Saara, a inquieta e polêmica divulgadora espírita cearense? Eu a conheci pessoalmente durante o II CONBRADE, realizado nas dependências da FEPB. Conversamos sobre o "tatame mediúnico", invenção do médium Wanderley S. Oliveira, que ela apoiou incondicionalmente como prática que deveria ser incorporada nas Casas Espíritas. Mesmo não tendo caído em sua graça, acabei ganhando um livreto de sua autoria autografado - "A Mediunidade em Época de Transição". Saara precisa explicar melhor esse tal de "pricológico" (sic), tipo de espírita que gosta de viver o Espiritismo pela emoção, pelo extase da alma e do sentimentalismo. Ela usou uma linguagem prolixa, carregada de pseudo-sabedoria para dizer o óbvio. Ainda parece inclinada a apoiar as megalomanias do ex-presidente da ABRADE.

Marcelo Firmino (está sempre acima do bem e do mal): "Desde 2005, quando esta Lista foi criada, eu e outros companheiros enviávamos textos de outras Listas ou de outros sites para análises e comentários dos interessados. Não há novidade nisso e nem há qualquer motivo, seja em relação a ABRADE, FEB, CEPA, ABRAME ou AME/BRASIL. Sobre a música em si, ela foi capaz de realmente mostrar o lado sectário que ainda povoa a atmosfera de muitos espíritas, incapazes de conviver com o diferente (...)".

Firmino, pelo que pude avaliar, está começando a pôr lenha na fogueira mal apagada da ABRADE que ele administrou despoticamente, impondo uma filosofia pessoal de gerenciamento nunca visto no movimento espírita brasileiro. A ABRADE em suas mãos desfigurou-se como instituição voltada para os interesses da Comunicação Social. Perdeu credibilidade, parcerias e se transformou num arremedo daquela de onde se desdobrou: a ABRAJEE. Até hoje a entidade se ressente de suas malfadadas determinações políticas - internas e externas - para manipular pessoas e grupos. Quem explicou isso direitinho foi o jornalista e publicitário Wilson Garcia (PE), em artigo editado pela gazeta PENSADOR ("Construção e Pavimentação da Estrada - As Pontes de Passagem", página 8, março de 2008). O ex-presidente da ABRADE não engana mais ninguém. A sua máscara caiu faz tempo. Ele sabe realmente o que é ser "sectário". Faz parte de sua natureza espiritual.

Bom, por hoje é só. Não sei se vamos ter mais polêmicas e disse-me-disse envolvendo o nome da ABRADE. Se aparecer, estarei de plantão para defendê-la como instituição respeitável e digna dos membros que a representam no movimento espírita brasileiro.

Sejam eles da CEPA ou não.







Nenhum comentário: