segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Filhos













NOSSOS FILHOS
OU FILHOS DO
MUNDO?





ONDINA ALVERGA,
Salvador - BA.

Criamos e educamos nossos filhos com a melhor parte do nosso amor, da nossa afetividade e extremada dedicação, antevendo um amanhã próspero e feliz para cada um deles. Nossos filhos sabem que estamos querendo o melhor para eles, mas nem sempre eles querem "esse melhor" para si mesmos.

As boas ou más tendências que revelam são frutos do próprio caráter e de sua natureza espiritual. Quando são maleáveis e sensíveis aos nossos conselhos, crescem dóceis e disciplinados para enfrentar com equilíbrio as provas e expiações a que se submeterão no decorrer da vida terrena.

Difícil mesmo é educar o Espírito orgulhoso do seu saber, rebelde sem causa, indisciplinado e irônico com o sofrimento alheio.

Imaginamos quantos pais e mães, espíritas ou não, carregam silenciosamente sua angústia e seu medo com aquele filho "criado com tanto amor", mas que não respeita nenhum código social, ético, moral ou religioso.

Os "filhos do mundo" acreditam que são "donos" de suas vidas e que podem manipular o livre-arbítrio sem o menor constrangimento. No entanto, quase sempre são surpreendidos na plenitude da existência pelo desencarne imprevisível e doloroso para suas famílias.

Assim como Deus não pode se servir do cego para fazer compreender a luz, os pais e as mães do nosso mundo não tem como impedir que seus filhos passem pelo crivo da prova ou da expiação mais dura.

O livre-arbítrio de cada um é fator determinante no processo de reparação moral a que estão sujeitos diante da vida - quase sempre equivocada e leviana - que muitos assumem como a melhor que seus pais oferecem.

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