terça-feira, 25 de novembro de 2008

Movimento Português











LÁ COMO CÁ, O PODER

TAMBÉM OBSCURECE
A RAZÃO...

SAULO ROCHA
João Pessoa - PB.

Sempre sobra para mim a "batata quente" de analisar questões instigantes e polêmicas do movimento espírita tupiniquim e, agora também, do não menos unificado movimento lusitano. Esta minha análise tem como base de escora a Carta Aberta do presidente da Federação Espírita Portuguesa (FEPOR), cel. Arnaldo Carvalhais da Silveira Costeira.

É ele o signatário da carta, com seis páginas e detalhados apontamentos dos fatos obscuros que envolvem Casas Espíritas insatisfeitas com a política administrativa e doutrinária da FEPOR e com o Conselho Espírita Internaciona (CEI), órgão criado pela Federação Espírita Brasileira para determinar como o Espiritismo deve ser divulgado e conduzido na Europa.

Nela, Arnaldo Carvalhais aponta os problemas que a Casa Máter portuguesa vem enfrentando desde os maus tempos da ditadura militar (1953-1962), quando foram "introduzidas pessoas do regime para destruir, por dentro, o que não conseguiram pela lei em vigor".

Mais adiante, o cel. Carvalhais sai em defesa de um amigo, secretário do núcleo executivo do CEI que, por conta de uma "campanha difamatória e vergonhosa" foi impedido de reassumir o cargo, deixando Portugal de fora do seletivo grupo de Federações Espíritas européias convidadas para compor aquele conselho.

E dá nome a "fofoqueira de plantão": Elsa Rossi, representante da Federação Espírita Inglesa.

Essa senhora, segundo o presidente da FEPOR, foi "o cão chupando manga" do movimento urdido pela FEB para excluir Portugal do CEI. Ela é tida como uma "agente" infiltrada no CEI para observar quem está ou não obedecendo as diretrizes políticas da FEB. Em outras palavras: ela é o "dedo duro" do conselho a serviço de Nestor Masotti, presidente da FEB.

Noutro trecho da carta, Arnaldo Costeira revela ainda que um segmento político do movimento português vem tentando "denegrir" sua competência administrativa e sua qualificação de escritor espírita. Ele é autor do livro "Vidas na Encruzilhada". Até foi difundido um boato que "o atual presidente estaria criando obstáculo para a dinamização do movimento nacional".

Como se vê, o movimento português anda turbulento e bem parecido com o nosso em muitos aspectos.

Só se sabe o que realmente está acontecendo nos bastidores das instituições quando um escândalo dessa natureza tira as máscaras de dirigentes que se revestem da aura de "missionários" e revela a sua verdadeira natureza espiritual.

Não passam de homens facilmente corrompidos pela obscuridade do poder e da notoriedade pública. Querem apenas se servir da Doutrina dos Espíritos, sem nenhuma preocupação com o mal que fazem quando dela se imiscuem em nome do orgulho e da vaidade.

É triste e lamentável que o movimento espírita lusitano ainda esteja passando por todo esse vexame. Pior ainda que o Conselho Espírita Internacional, tentáculo doutrinário poderoso da FEB na Europa, esteja fazendo uso de meios escusos e inadmissíveis para manter afastados os "inimigos" dos seus propósitos unificadores em terras do Velho Mundo.

Esse movimento é tudo, menos espírita...

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