ELEIÇÕES NA FEPB

A "NOVA" DIRETORIA EXECUTIVA
VAI ADMINISTRAR A CASA DE
JOSÉ AUGUSTO ROMERO
POR MAIS TRÊS ANOS

CARLOS ANTONIO DE BARROS
João Pessoa - PB

Apesar dos boatos de "virada de mesa" nas últimas eleições da Federação Espírita Paraibana, o clima político nos bastidores da conceituada instituição é de muita tranquilidade. Ninguém reclamou ou entrou com pedido de anulação do pleito por sentir-se lesado na sua boa fé ou coisa parecida.

As fotografias estão aí para registrar um fato e desfazer toda aquela onda de boatos que antecedeu as "democráticas" eleições da federativa paraibana.

O sempre zeloso e dinâmico José Raimundo de Lima e demais diretores eleitos vão cumprir mandato administrativo de 2009 a 2011. Com as bençãos de Roustaing e Joanna de Angelis, já que Allan Kardec há muito tempo deixou de ser reverenciado na FEPB como o missionário do bom senso.

Olhando bem os rostos dos "novos eleitos", percebe-se que a maioria são figurinhas carimbadas, velhos amigos e escudeiros fiéis de Raimundo Lima. Estão juntos há mais de 30 anos.

Conversei com um deles, o incansável tesoureiro Domingos Soares (90 anos), num encontro inesperado no meio do comércio da Cidade Antiga. Reclamou da labirintite, o únimo problema que o aflige fisicamente.

Sempre simpático e atencioso comigo, não se esquivou de algumas perguntas (mania de repórter curioso) acerca das eleições na FEPB. Respondeu que tudo transcorreu num clima de respeito e de fraternidade. Não houve nenhuma "virada de mesa" e todos os convocados estavam presentes.

E completou: "A Federação Espírita Paraibana continua em boas mãos. Não importa se José Raimundo continua ou não liderando a equipe administrativa. O que vale mesmo é que mantemos a instituição sob a bandeira da democracia. Quem votou teve a liberdade de escolher os melhores candidatos para ocupar os cargos oferecidos".

Agradeci ao velho e paciente Domingos Soares a atenção dispensada naquele momento. E saí a pensar com os meus próprios botões: O que esses executivos ligados a FEPB sabem de democracia?

Podem até saber, mas não a exemplificam quando as circunstâncias exigem o seu exercício pleno diante de grupos que se atrevem a contestá-los por ações pessoais divergentes com o que ensinam nas tribunas espíritas.

No movimento espírita paraibano, ética e moral não andam de mãos dadas com a boa e velha democracia. Isso há quase 100 anos!

É o Espiritismo divulgado e praticado ao sabor da hipocrisia e da dissimulação dos espíritas apegados ao evangelismo cristão, prescrito pelos "Quatro Evangelhos" de J. B. Roustaing.

Amém!