100 ANOS

DISCRIMINAÇÃO E DESIGUALDADE MARCAM OS 100 ANOS DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER EM TODO O MUNDO

CARMEM BARROS - PB

As mulheres merecem muito mais do que já conquistaram ao longo desses cem anos de luta por uma vida mais digna e feliz. Casar, ter filhos e se aposentar como dona de casa não é tudo.

Todas as mulheres do Brasil e do mundo têm sede de justiça e independência. E nem sempre essa justiça e independência são plenas de respeito e reconhecimento.

A Lei Maria da Penha (agosto de 2006) prevê medidas preventivas contra a violência doméstica. A Justiça brasileira, no entanto, não tem tratado os homens agressores e criminosos como o rigor da lei determina.

As mulheres, no Brasil, continuam sendo agredidas, violentadas e assassinadas. Segundo pesquisa do Instituto IBOPE/2009, 55% dos brasileiros conhecem mulheres agredidas; 17% acreditam que elas não largam o marido com medo de serem mortas por seus companheiros.

O Brasil como promessa de "Pátria do Evangelho" precisa mudar essa estatística vergonhosa, acabando com a discriminação e a desigualdade que penalizam as mulheres em todos os segmentos sociais.

A mulher tem alma, sentimento, vontade e desejo. Não é nenhum instrumento manipulável nas mãos do homem aonde quer que viva, com ou sem família.

Aqui, em nosso país, a implementação de políticas públicas ajudaria a mudar toda essa situação onde a mulher ainda aparece fragilizada e insegura diante do sistema social e judiciário vigente.

Amanhã, dia 8 de março, é o Dia Internacional da Mulher. Ainda temos muito que lutar para mudar o comportamento machista e autoritário da sociedade brasileira em relação às suas mulheres.