quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Crônica











O MUNDO VAI MELHORAR

COM BARACK OBAMA?

KIKO MUNIZ
João Pessoa - PB

Sinceramente acho que não. O povo norte-americano é que gosta de viver iludido com seus ídolos de barro, tal qual vivia o povo romano no tempo dos césares inescrupulosos.

Conversando com médiuns e sensitivos pelo Brasil, descobri que os EUA tem um "carma pesado". A queda das Torres Gêmeas não apagou a mancha negra dos crimes cometidos pelo país em guerras injustificáveis.

O povo daquele país, segundo os videntes de plantão, ainda vão ter que "comer o pão que o diabo amassou". Salvo raras excessões, a exemplo de um Bill Gates que de vem em quando faz doações generosas para quem não tem saúde, moradia, educação e dignidade social.

O primeiro presidente negro dos EUA, Barack Hussein Obama Jr., que se cuide. Ele é filho de mulher branca, mas carrega na pele a pigmentação escura de uma raça ainda incompreendida e discriminada pelo planeta.

Tem muita gente no país que continua cortando caminho para não cruzar com um. A turma do Klux Klux Klan é fichinha diante da ferocidade de estudantes tresloucados que invadem escolas e matam seus "melhores amigos".

As especulações em torno do novo presidente até certo ponto são positivas, já que todo o mundo quer se livrar do calote financeiro do setor imobiliário norte-americano que criou um tsunami social de graves proporções, tirando empregos e esperanças de famílias que acreditavam num ano novo melhor.

No Chile, dez mil pequenas empresas foram à bancarrota por conta da ganância de uns poucos que vivem de especulações nas Bolsas de Valores. O Brasil já começa a sentir que "a marolinha" financeira não é como o presidente falava.

Muitos brasileiros estão "no olho da rua", depois de ser útil e produtivo durante 30 anos. Muita gente anda cabisbaixo e desgostoso com a própria vida de "aposentado" fora de hora.

O mundo será bom ou ruim dependendo do que o homem dele fizer.

Se Obama fizer a coisa certa, alguma coisa no mundo mudará. Danado é ele superar a barreira dos descontentes, daqueles que não querem mudanças. Vai ser um governo difícil para o presidente norte-americano.

Tomara que ele acabe com as guerras do Iraque e Afeganistão. O defenestrado Bin Laden vai dizer que o mérito é dele. Vai cantar de galo, escondido em seu terreiro sujo e mal cheiroso.

Não importa. O mundo quer mudanças. Mudanças que gerem oportunidades de emprego, que tragam para o povo novas esperanças de um tempo de paz, de prosperidade e bem-estar social.

O mundo e a humanidade parecem cansados de tantas guerras, muros levantados e derrubados, muralhas separando etnias e religiões. Ninguém aguenta mais os gritos agoniados do povo africano. Grito de fome, de dor, de humilhação sob o fogo cruzado de guerras civis que nunca acabam.

Estamos no limiar da Era do Espírito. Mas o Espírito humano ainda parece muito animalizado, sedento de valores que não representam nada quando a consciência é vilipendiada pela barganha que corrompe a ética e a moral.

Vamos esperar pelos novos acontecimentos. O mundo espera muito de Barack Obama. Mas ninguém sabe até agora o que ele, sensata e racionalmente, fará para corresponder essa expectativa.

Jesus passou pelo mundo sem nada revelar e prometer aos homens inescrupulosos do seu tempo. Eles não estavam preparados para assimilar suas verdades e as revelações futuras. A uns poucos deixou pequenas parábolas como lições de vida superior diante da carência espiritual do povo judeu e da arrogância dos seus dominadores romanos.

Esperemos pelo tempo. Só ele será capaz de revelar o que de bom ou de ruim está reservado para o povo norte-americano e para o mundo, neste governo do primeiro presidente negro da "terra do tio Sam".

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