Planejamento

QUAIS AS PRIORIDADES
DE SUA VIDA PARA
2009?

CARMEM PAIVA DE BARROS
João Pessoa - PB

A ansiedade toma conta de muita gente pós-período de festas do ano velho para o novo. O carnaval está a caminho. São dias de festas momescas para entregar a alma ao Diabo sem nenhum sentimento de culpa, porque no final sempre tem o perdão da Igreja Católica para os excessos cometidos em nome da alegria e do prazer.

Assim vive a maioria das pessoas que conheço, sem nenhum identificação com a religiosidade, com a fé racional e com a sua própria consciência. Estão no mundo para gozar do bom e do melhor que o dinheiro possa proporcionar. Não importa o dia de amanhã.

Só que esse tipo de prioridade não traz benefício para ninguém, principalmente para quem já sofre com pressão alta, diabetes, enxaqueca crônica, obesidade mórbida e outros males do corpo que o excesso oferece aos incautos.

Conheço pessoas que não mudam em nada de um ano para o outro. Parecem robotizadas pelo magnetismo da vida repetitiva e monótona que levam em nome do comodismo preguiçoso. Só trazem uma preocupação na cabeça: sair de casa para consumir, andar e esquecer que tem problemas mal resolvidos com o cônjuge, filhos, netos, genros e vizinhos.

Essas pessoas fazem jus ao apelido de "avestruzes", aquelas aves que estão sempre de cabeça baixa procurando o que comer. Vivem para o deleite da mesa farta e da cama macia.

Alguns mais afoitos arriscam dizer que "quer ver o mar pegar fogo para comer sardinha assada", numa clássica indiferença com as prioridades da comunidade, com os problemas sociais, éticos e morais gerados por gestores públicos corruptos.

Passam-se por religiosos circunstanciais, ou seja, procuram um templo religioso qualquer quando se sentem incomodados por algo que não sabem explicar. Têm medo de "alma de outro mundo" (sic).

Assim vivem e assim "morrem". Quando se dão conta que já não fazem parte deste mundo cheio de ilusões, querem priorizar tempo e assistência incondicional dos Amigos Espirituais. Passam a exigir de Deus uma misericórdia que nunca tiveram com quem quer que seja. Reclamam direitos quando nunca se deram ao trabalho de cumprir com a consciência cidadã as obrigações que deviam a si mesmos.

Depois de "mortos", obviamente, padecerá os reflexos naturais da falta de prioridades que não deram à própria vida material. Sofrerão o que fizeram os outros sofrer ou lamentarão não ter feito todo o bem possível em benefício de alguém que bateu às suas portas em busca de solidariedade humana.

Pense bem o que vai fazer neste ano que está começando. Não desperdice as oportunidades de servir. Seja mais solidário com o mundo e com as pessoas em sua volta.