segunda-feira, 26 de abril de 2010

ARTIGO

NOSSA PARTE NA CONSTRUÇÃO
DO BEM E DA PAZ
NO MUNDO
QUE VIVEMOS

ONDINA DE JESUS ALVERGA
Salvador - BA

Nos tempos atuais, temos visto muitas pessoas servindo-se de Jesus ao invés de servir a Jesus. Não há, a meu ver, unificação sem união. Não há união sem fraternidade. Não há fraternidade sem respeito mútuo.

É a fraternidade que nos sugere ir ao encontro dos outros, que nos propicia que nos unamos como amigos e irmãos. Ninguém promove a união e o bem comum de fora para dentro, pois é feito de uma causa interior.

O codificador da Doutrina dos Espíritos, Allan Kardec, nos mostrou isso, pois estabelecia para si, como meta, fazer viagens para conhecer e atender aos núcleos espíritas fundados em outras cidades.

Quando andamos na contramão da união e da fraternidade, fragilizamos a boa política de relacionamento e convivência entre as pessoas que fomentam um mesmo ideal de vida. Daí o surgimento da violência em seus vários aspectos, criando desarmonia, intriga e maledicência.

Os tempos atuais, onde a sociedade humana mantém-se escrava do materialismo, demonstram que a violência é uma tragédia que fala do desencontro do homem em relação ao seu semelhante, seja dentro ou fora do lar, no templo religioso ou no ambiente de trabalho.

O seu surgimento em todos os níveis e em todas as instâncias, seja de forma individual ou coletiva, mostra-se tal qual um homem que ainda não aprendeu o que significa respeitar o outro e a si mesmo.

Em meio a essa onda devastadora de tragédias sociais, a paz nos acena timidamente, convidando-nos a abraçá-la como uma mãe zelosa de nossa saúde espiritual.

E como já sabemos, a paz é uma conquista de serenidade interior, que fala da mansuetude e do homem harmonizado com a sua consciência. Com fé na imortalidade da alma e em Deus, pai de misericórdia e infinita bondade, nunca devemos prescindir da pacificação, da conciliação e da fraternidade.

A paz que Jesus nos oferece surge como um grande desafio para que possamos, em algum nível, implantá-la dentro de nós, numa proposição mais indulgente e amorosa. Sem culpa ou quaisquer fragmentos de ressentimentos pessoais.

Kardec é o arquiteto que nos oferece as possibilidades de entender o grande edifício filosófio do Espiritismo. A alquimia desse processo de viver Jesus e seus ensinamentos morais é marcada pela depuração de nossa alma, ainda invigilante e cheia de medos diante dos desafios da vida terrena.

QUEM É A ARTICULISTA - Ondina Alverga é pedagoga e estudiosa da Doutrina dos Espíritos. Colabora com a ANESPB desde a sua fundação, em julho de 1998.

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