sexta-feira, 30 de abril de 2010

ARTIGO

O CRÍTICO E O LOBO NA
PELE DE CORDEIRO


SAULO AURÉLIO DA ROCHA - PE
Especial para o Blog da ANESPB

Criticar o que está errado no mundo é uma prática desaconselhável. Não pode! Principalmente quando o assunto tem estreita ligação com a obrigatoriedade de defender direitos sociais e preservar valores éticos.

O crítico acaba se transformando num "bode expiatório" de alguns segmentos incomodados com seus pontos de vista e seu modo de ver o que nem sempre mostra-se transparente na sociedade humana.

Não é doce esse papel. Principalmente quando o assunto em pauta é Religião. Aí a coisa fica feia quando alguém tem o nome e sua conduta expostos publicamente.

Não pode fazer isso... É falta de caridade!

No entanto, o que se vê em quase todos os segmentos religiosos é a falta de compostura de homens que deveriam dar o exemplo de uma vida digna e honrada aos seus fiéis seguidores.

Ainda temos muitos homens assim desajustados em si mesmos, pregando uma coisa e vivendo outra. Lesando a boa fé de crianças, adolescentes e adultos sexagenários com uma "evangelização" e "doutrinação" eivadas de hipocrisia e dissimulação.

Estão por toda parte. Até mesmo dentro de nossas respeitáveis Casas Espíritas. Negar esse fato é negar a realidade do que se sabe e é comentado à boca pequena nos bastidores do nosso "maravilhoso movimento".

Sei que cada um há de colher obrigatoriamente o que anda semeando. Disso não tenho dúvida. Contudo, não podemos ficar calados, com medo de carregar um estigma desagradável: o de crítico marginalizado.

Temos muito que melhorar em nosso meio. Principalmente nos aspectos Educação, Sociabilidade e Fraternidade. O povo que vive fora de nossas instituições não sabe bem o que se passa entre seus muros.

Quando nos encontram cantando, sorrindo e falando de amor para o auditório cheio, imaginam que somos "as criaturas mais maravilhosas do mundo". E isso não é verdade.

Quase sempre apresentamo-nos com uma "pele de cordeiro". Enquanto o "lobo voraz" uiva agressivamente dentro de nós... Ou seja, continuamos enganando os outros e nós mesmos com uma falsa postura de religiosos "bonzinhos".

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