quinta-feira, 15 de abril de 2010

ARTIGO

A DELICADA QUESTÃO
DA CRÍTICA NO
MOVIMENTO
ESPÍRITA


CELSO MARTINS
Rio de Janeiro - RJ

Em meu livro "As Outras Vidas de Kardec" (DPL, São Paulo), procurei fazer a diferença entre a chamada crítica positiva e a negativa, a crítica realmente construtiva e a demolidora, porque se a primeira procura apontar os erros com o desejo bem sincero e corrigir eventuais equívocos naturais das criaturas humanas em nosso nível evolutivo, a última descamba para a fofoca, caindo inteiramente o seu mérito.

Jesus em pleno Sermão do Monte dizia: - Seja o vosso dizer sim, quando deve ser sim, e não, quando deve ser não. Impossível resumir em poucas palavras importante questão como esta da crítica que se impõe em nossos relacionamentos pessoais.

Agora, há como dizer uma verdade a quem quer que seja: a franqueza exagerada em nome do amor à verdade poderá ser apenas uma grossa falta de educação. E Kardec chegou a dizer que seria altamente vistas grossas, não vendo o erro onde ele é gritante.

Em seu poema transformado em oração, Francisco de Assis chega a pedir a Deus o permita levar a verdade onde houver o erro. Com base nisso é que sou de opinião de que, com calma na voz, sem exasperação nos gestos, com equilíbrio nas frases escritas, sem mordacidade, abrindo espaço para que o outro se justifique ou se explique melhor, exercemos a crítica construtiva; porque, como dizia São Luiz a Kardec: -É bem melhor que um homem caia do que toda uma causa. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. X, item 21).

Em síntese, há crítica e crítica. Criticar para agredir - nunca! Se for o caso, criticar para edificar, admitindo que outrem nos apontem os pontos frágeis, pois que também os temos.

Ih... E como os temos!

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